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  • Foto do escritorAdriana de Arruda

Chegando ao fim...

Atualizado: 10 de mai.




Permeando o dia a dia, o tema organização pode ser bastante sensível para alguns, talvez porque ele tenha uma relação direta com aquilo que chamamos de tempo, recurso escasso e finito que todos nós temos em igual quantidade, sem distinções!


Há muito tempo, Freud já perguntava: “Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”


Fazer o que pode ser feito hoje, sem procrastinar e nem deixar para amanhã, facilita muitas coisas. Aquilo que é importante hoje pode virar urgente dentro de alguns dias, e com outros compromissos na agenda pode ficar impossível dar conta de tudo... uma obrigação vai emendando na outra e a confusão se instala, na sua própria vida e na de todos que estão à sua volta!


Pode ser algo simples como começar a preparar um jantar para alguns convidados e descobrir no meio da receita que faltam ingredientes, até assuntos mais sensíveis como falar sobre com quem ficarão os livros preferidos, aquele relógio de família, o animal de estimação ou os investimentos e dívidas, quando o dono ou a dona vier a faltar.

Conversas honestas sobre finitude e sucessão não são gostosas, nem fáceis ou agradáveis, porém fundamentais. Requer tempo (ou agilidade dependendo do momento), coragem e planejamento.


Eleger do seu círculo alguém de sua confiança, disponível e imparcial para conversar, intermediar ou ser o guardião das informações e vontades, pode ser um começo.

Você já parou para pensar no tamanho da lista de assuntos a serem resolvidos se você não estiver mais presente? Como você gostaria que determinadas questões fossem gerenciadas e encaminhadas? E seus familiares ou pessoas próximas, saberiam lidar com o que ficará para resolver, seja acessar uma conta no banco, renegociar uma dívida ou gerenciar o patrimônio construído no tempo?


Há ainda situações mais subjetivas e muito mais doloridas como quando aquele alguém muito especial está com a linha da vida ligada a aparelhos e de repente no prontuário pendurado na parede, ao invés das medicações diárias, aparecem apenas duas palavras escritas: “Acolhimento familiar”

Nessa hora, quem decide o que? Quem cuida de quem? Quem faz o que? Por onde começar?


Pode parecer duro, e de fato é!


Acolhedor, é ter um rumo para seguir mesmo quando o chão se abre bem debaixo dos pés!

Tranquilizador, é saber que o maior número de detalhes possíveis deste rumo foi compartilhado e combinado enquanto havia ainda tempo, saúde e lucidez!


Desejo então, que possam dedicar alguns momentos para conversas honestas sobre a finitude, junto àqueles por quem vocês têm afeto!


Um abraço,

Adriana de Arruda


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